segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Carta de uma Avó

Carta de uma avó

Hoje, serei apenas uma consultora sua. Serei apenas uma avó que ora pela nossa herança, aqui na terra, herança que o SENHOR nosso DEUS nos proporcionou. Choro em silencio ao ver os castigos: reclamações, “puxões de orelhas”, que os netos(as) recebem, próprio da educação dos pais que tentam construir pessoas de bem para respeitarem seus semelhantes.
Porem, não é fácil perceber no discurso de um filho (a), uma descarga da raiva no momento em que sua mãe, hoje avó, se colocou diante de uma reclamação deles ou delas sobre os netos (as), com amor e, em AMOR.
Entendam que somos mais velhos, hoje, por isso não somos pais e sim avós. Nossa visão é outra, do mundo, das pessoas e dos filhos (as). Nosso tempo é um tempo de se culpar, muitas vezes, por não ter vivido com vocês o que vivemos com nossos netos. Desculpem, mas éramos pais e não avos!
São funções, completamente, diferentes e com sabores diferentes. Por isso  agimos diferente da forma que criamos vocês. Hoje somos consultores e porto seguro para seus filhos os quais sei que vocês estão tentando educar para que eles cresçam da melhor forma.
Desculpem por ter passado muito tempo educando vocês e esquecer, quem sabe, de ter aproveitado o tempo da maneira mais leve, de ter se divertido, mais.  Naquele momento não tínhamos formulas, afinal ninguém tem.  Desculpem pelas palavras que foram ditas e as ações tomadas por uma mãe ou pai, mas estávamos tentando acertar, assim como vocês hoje.
Cada momento terá suas necessidades e seus efeitos. Desculpem se penso como avó, hoje. Mas, não quero mudar. Estou no momento certo, fazendo a coisa certa, acolher seus filhos com AMOR, em AMOR. Não vou interferir na educação que vocês estão seguindo, tento me manter neutra, mas tenho o direito de defender, amar e acolher meus netos (as). Estou no lugar que foi designado pra mim. O de ser avó!


Rita Castro.