quinta-feira, 13 de agosto de 2015

A descobreta da dor

Leitores(as) e amigos(as)! Em minhas leituras e pesquisas, me apropriei dessa reportagem da Mente e Cérebro e quero dividir com vocês!

Ela se impõe. Toma espaço psíquico, monopoliza atenções. O escritor francês Paul Valéry, morto há 70 anos, escreveu que a dor física nos coloca em oposição a nós mesmos. De certa forma sim, já que evoca a sensação de estranheza numa seara que há muito parecia familiar. Antes, porém, a sensação dolorosa nos lembra de algo que, não raro, permanece no limiar do esquecimento, a despeito da obviedade: temos um corpo. E nele, a dor cria uma geografia própria, destaca recantos, entranhas; faz emergir superfícies e contornos. Limita gestos, impele contorções, tremores e espasmos como se uma música surda levasse a expressões que não podem ser circunscritas pela elaboração psíquica e só encontram saída naquilo que  prima pela urgência, pelo reconhecimento e pede cuidado. É como se o Real repentinamente nos tocasse na mais densa de suas manifestações.

Link para continuação da leitura.

http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/colocando_a_dor_para_dormir.html

domingo, 9 de agosto de 2015

O silencio é o carrasco dos falantes.


 

Aos Pais !

A insuportável dor de um falante quando se sente obrigado a ficar calado, por minutos, dias, meses ou até anos. A fala é uma das técnicas utilizadas por nós, psicanalistas, para trazer a cura para muitos pacientes. Técnica teorizada pelo pai da psicanalise, Sigmund Freud.

A linguagem é essencial para a integridade do desenvolvimento emocional e cognitivo.

Segundo Fernandez,

Aprendemos a falar porque nossos pais NÃO, tentaram nos ensinar. Sua atenção não estava focada nesses resultados. Eles estavam apenas nos ninando, conversando, sussurrando....E, quando dissemos espontaneamente aquela “primeira palavra”, ou seja “papai”, fizemos isso brincando, dividindo em pequenos pedacinhos: “ma..” “ma”..”ma..mã” “mmm....”o  “ppp...”, “pa..pa”- e esperando que algum adulto compartilhasse conosco a alegria de nossa autoria. A alegria da criança de sentir falante.

 
O ser humano é em essência uma espécie altamente social que se educam mutuamente por meio da fala. Partindo desse pressuposto a solidão é uma prisão. A Solidão e um processo doloroso que leva a depressão e se não cuidada, a morte. 

Se algo não é dito e fica guardado, muitas vezes, ou quase sempre, leva ao adoecimento. Adoecimento que o indivíduo não mais tem controle de tal fato. A palavra guardada é uma palavra presa.
E nesse aprisionamento prende-se, também, todo o corpo que que se debate em angustias para fugir de uma cadeia que descambará em doenças. Uma das funções do cérebro e manter o organismo vivo. E quando existe qualquer ameaça a isso esse cérebro começa a reagir no intuito de que não aconteça o óbito desse organismo, corpo e mente.
Fontes de pesquisadas.
FERNANDEZ, Alicia. A Atenção Aprisionada. Porto alegre. Penso, 2012. 

 

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Icami Tiba

Icami Tiba

Comecei a admira-ló através dos seus escritos, que se mostra como uma linha interessante dentro da forma de educar. Ele sempre teorizou uma educação com limites entre pais e filhos. Preocupou-se, também, em pensar na angustia desses pais em educar-lós. E indicou caminhos para aliviar as tensões desses pais em busca de estratégias para ajudar seus filhos a viver melhor em sociedade.
Suas obras foram referência para pais, filhos, educadores, psicólogos, psiquiatras e psicopedagogos. Tiba tinha uma visão considerada moderna e adequada aos dias atuais. Ele foi reconhecido por usar uma linguagem coloquial e bem humorado
O psiquiatra, educador e escritor Içami Tiba morreu em São Paulo às 19h neste domingo (2). Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês para tratamento de um câncer desde janeiro deste ano, mas a causa da morte ainda não foi divulgada. O velório vai acontecer no Cemitério do Morumbi, em São Paulo, a partir das 8h desta segunda-feira (3). O sepultamento está programado para 16h, no mesmo local

 
 
Deixo o link abaixo para informação mais detalhada

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/08/morre-aos-74-anos-o-psiquiatra-e-educador-icami-tiba.html

domingo, 2 de agosto de 2015

Sonho de Menina!

Para os estudiosos da psicanalise, deixo a composição de uma história infantil,  abaixo,  como uma forma de contemplar os estudos de Melanie Klein e Lacan.
A historia fala da FALTA. A FALTA  que nos move. A FALTA que move o mundo. A FALTA que também pode travar a dinâmica do sujeito. E se não existe a FALTA tornamo-nos assujeitados. segundo Lacan.
Sonho de Menina!
                                                                Autora;
                                                                    Rita Castro.
Era uma vez, uma menina que, queria muito conhecer o mar. Um certo dia nas terras onde ela morava, o senhor dono daquele lugar se ofereceu para levá-la, até seu sonho, o mar. Então ele combinou com os pais dela. O pai da menina tinha muita consideração por esse senhor, dono das terras, que também era padrinho dele. E marcaram o dia.
No dia combinado a menina acordou cedo e se preparou, toda, para o passeio. A mãe dela lhe dava todas as recomendações para que desse tudo certo. E ela ansiosa esperava o horário da famosa viagem.
O mar fica quase a 150 km de sua casa. Cada instante que se aproximava da hora combinada, ela ficava mais ansiosa. Bem, na hora marca ela corre para o encontro do carro, uma caminhonete, que iria levar as pessoas, inclusive ela para tomar banho de mar.
Durante o percurso ela decidiu viajar na parte de traz da caminhonete, já que gostava de aventuras e preferiu ir em cima da boleia da caminhoneta, tal era sua aflição de avistar o mar. Queria ser a primeira a gritar, pular, chorar ou sorrir quando o avistasse.
E lá se foram. O dono da caminhonete, que também era dono das terras, onde a menina morava. E também dirigia a caminhonete que era sua e com certeza dirigia a vida de todas aquelas pessoas que viviam sobre seu mando ou domínio. E todas as outras pessoas, as quais, ele estava proporcionando aquele passeio, como uma forma de realizar sonhos.
Para a menina, que só pensava em conhecer o mar, entrar nele, beija-lo, acaricia-lo, se aquecer, dizer o quanto o amava e também trocar informações com o imenso mundo, o mar. Ela pensava que o mundo começava ali naquele espaço.
Ao chega ao mar, ficou concluído para ela todo o seu planejamento, de que uma imensidão de novas descoberta começaria ali. E tudo começou pelo interesse de um dia ver o mar.
Para ela toda aquela aventura era inexplicável e suas sensações a cada de instante ficava mais confusa de tanta felicidade. E para completar aparece um canto, uma música que não se sabia de onde vinha.
Era uma bela música que acompanhou os pensamentos dela por toda a sua vida.
Debaixo Dos Caracóis Dos Seus Cabelos
Um dia a areia branca
Seus pés irão tocar
E vai molhar seus cabelos
A água azul do mar
Janelas e portas vão se abrir
Pra ver você chegar
E ao se sentir em casa
Sorrindo vai chorar
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante
As luzes e o colorido
Que você vê agora
Nas ruas por onde anda
Na casa onde mora
Você olha tudo e nada
Lhe faz ficar contente
Você só deseja agora
Voltar pra sua gente
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante
Você anda pela tarde
E o seu olhar tristonho
Deixa sangrar no peito
Uma saudade, um sonho
Um dia vou ver você
Chegando num sorriso
Pisando a areia branca
Que é seu paraíso
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante
Claro, que a música acima tem um contexto, para muitos observadores da arte, ela fala de um tempo muito duro de uma ditadura. Também concordo! Mas, para a menina da história a musica só refletia sua vontade de chegar ao mar, que tanto sonhava. Aquela música estava inserida em uma simbologia, um sonho de criança.

https://www.youtube.com/watch?v=DzJXvEPzxLM