Esses diagnósticos podem trazer
para os pais, professores ou quem cuida dessa criança um alento em entender o
lugar do filho (a), aluno (a) onde eles podem ser inseridos no mundo. Mas podem,
também, deixar essas crianças sem possibilidades de crescimento psíquico, já
que elas foram logadas em um estado de sujeição conceitual por alguns
profissionais da saúde, que os tornam dependente do OUTRO, para sempre.
A intenção do trabalho com
crianças pequenas não è rotulá-la, mas sim acompanha-las e intervir, algumas vezes, em suas
possibilidades que se faça parecer um sujeito dono de sua própria historia.
Coisa que para muitos pais é doloroso lidar com isso. Ver filhos crescidos é
sentir-se, para alguns, destituídos de suas funções.
Um dos motivos que os pais
procuram diagnósticos para seus filhos “diferentes” dos amigos deles, é,
também, para sustentar a sua
presença na vida desses pequeninos, “inconscientemente”,
uma das corridas de muitos pais, hoje.
Esses pais também carecem de apoio psicológico para ajustarem suas
demandas psíquicas não resolvidas em suas infâncias. Durante a infância os
estados são provisórios, ideia defendida por, (JERUSALINSK, 1993, p. 23). Deixar
o rio psíquico do seu filho (a) seguir deve fazer parte do sucesso do Pai ou Mãe como função principal.
Rita Castro, ( Psicanalista/
Psicopedagoga).