No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra (DRUMMOND).
Na psicanálise, o sintoma
pode ser representado por essa pedra no caminho, de alguém “assujeitado” a sua pedra.
Queixa da qual ele tanto padece. Retirar a pedra do caminho dele é um nó que o
mesmo desconhece como fazer.
Para a pessoa que se sente em sofrimento devido encontrar essa pedra em
seu caminho. Ele ver na pessoa do psicanalista a solução para retirar a Pedra.
E na visão do mesmo, esse profissional entra no lugar de ser o sujeito que irá
fazer isso, já que o psicanalista passa a ser o Sujeito do Saber ou suposto saber,
assim diz Lacan.
Do saber fazer, atitude
esperada pelo paciente/cliente. Do Saber a fórmula e a causa da pedra em seu
caminho. A pedra no caminho é só um
detalhe e que precisa ser retirada pelo próprio analizando/paciente/cliente.
Por muitas vezes, ele (a)
não quer retira-lá, já que a mesma é a sua única linguagem com o Outro. Embora
seja uma linguagem repetitiva e que traz a dor para o mesmo. Conhecer a causa é
desconstruir aquilo que o alimenta, o Gozo. E muitas vezes não se quer perder
esse lugar.
Na língua alemã o termo, acima,
citado, exprime a ideia de prazer, desejo e vontade (ROUDINESCO, 1998). O Gozo não é apenas sinônimo de prazer, ele, também,
é sustentado por uma identificação de Repetição que foi empregada por Freud em
sua teoria sobre, O principio do Prazer, mas também este ligado a ideia da
pulsão de morte.
A pedra no caminho pode ser
só o Gozo.