quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Felicidade

Após a (re)leitura do Caso DORA, um dos primeiros estudos de Freud sobre histeria , Fica Mensagem e o lamento por saber que para muitos, as vezes, isso é um fato!


#psicanalistarita


https://www.youtube.com/watch?v=dhWGZthNu6g



quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Psicanalista Adriano Sales

É uma honra para nossa pagina poder compartilhar de tamanha alegria. Nosso Amigo e Colega de profissão o Psicanalista , poeta e Escritor, Adriano Sales,
 será o mais  novo  membro efetivo da Academia Palmarense de Letras (APLE).
Parabéns !

O POETA E ESCRITOR ADRIANO SALES TOMARÁ POSSE NA APLE NESTE SÁBADO(05)
Neste sábado(05/12/2015) a Academia Palmarense de Letras (APLE), empossará novos membros efetivos. O poeta e escritor Adriano Sales, será empossado acadêmico imortal na Academia Palmarense de Letras (APLE) e assumirá a cadeira nº 30. Como patrono, o poeta terá o escritor, sociólogo e Bispo Católico Dom José Pereira Alves.
Adriano Sales é palmarense, radicado em Escada, onde reside desde sua infância. Poeta e escritor, já lançou suas poesias em diversas antologias.
Neste ano (2015) lançou seu primeiro livro solo - intitulado “Eu-Poesias em Vias” - na Fliporto e Bienal Internacional do Livro de Pernambuco; É um dos fundadores da Academia Escadense de Letras(AELE) onde ocupa a cadeira nº 5 e exerce o cargo de Diretor de Comunicação. Formado em logística, gastronomia, informática e psicanálise, atua como analista de sistemas.
Seu patrono na APLE, Dom José Pereira Alves (Palmares, 5 de março de 1885 — 21 de dezembro de 1947) foi um Bispo Católico brasileiro, ordenado sacerdote a 17 de novembro de 1907. Reitor e professor no Seminário de Olinda, Cónego da Sé, Deão do Cabido, Monsenhor Protonotário apostólico (1920), Governador do Bispado (1921) e Vigário Capitular da Arquidiocese de Olinda e Recife (1921). Diretor da "Tribuna Religiosa", do "Mês do Clero" e da revista "Maria", etc.
Com a nomeação do arcebispo de Olinda D. Sebastião Leme para Arcebispo-Coadjutor do Rio de Janeiro, em 1921, foi eleito Vigário, no ano seguinte; Sócio de diversas agremiações culturais como o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano e a Academia Pernambucana de Letras, da qual veio a ser vice-presidente, e das Academias de Letras Fluminenses e Petropolitana. "Eram célebres seus sermões e discursos, nos quais cativava o auditório tanto pelas ideias originais quanto pela forma bem modelada. Raramente proferia uma oração sem deixar gravada na mente de seus ouvintes uma daquelas frases felizes"; "In finem dilexit" (Amou até o fim). Fonte: wikipedia.org


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Adriano Sales
Analista de Logística / Supply Chain Management
E-mail: adrianosales.logistica@gmail.comFone: 81- 9407-6364(Claro) / 8556-1528 (Oi) 
WatsApp: (81) 9701-3340 (Tim) 

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Psicopatas do Cotidiano

O assunto indicado, aqui, é tema que sempre vem sendo discutido e estudado por nós ! Por isso resolvi compartilhar para quem pretende ampliar seu universo sobre o assunto.
#psicanalistarita

Entrevista
Os psicopatas estão bem mais próximos do que você imagina
Kátia Mecler Psiquiatra e autora do livro “Psicopatas do Cotidiano” publicado em agosto deste ano pela editora Casa da Palavra.
Os casos são muitos. Os psicopatas do cotidiano injetam sentimento de culpa, impotência e inadequação naqueles que estão no seu entorno. Pais que sufocam os filhos com uma vigilância sem limites, homens e mulheres envolvidos em relações amorosas excessivamente dependentes, pessoas que sofrem com parceiros manipuladores e transgressores, funcionários sufocados por chefes abusivos, enfim, um universo de situações que podem se repetir na sua casa, na sua escola, no seu trabalho.

A psiquiatra Kátia Mecler prepara a segunda edição do seu livro “Psicopatas do Cotidiano”, lançado em agosto deste ano. Eles não são os temíveis assassinos em série. São pessoas aparentemente normais que estão no trabalho, em casa ou na escola e têm em comum algum transtorno de personalidade.

http://www.otempo.com.br/interessa/os-psicopatas-est%C3%A3o-bem-mais-pr%C3%B3ximos-do-que-voc%C3%AA-imagina-1.1158828

terça-feira, 20 de outubro de 2015

CONHECE-TE A TI MESMO,(SOCRATES).

Dicas importantes para aqueles que querem conhecer mais sobre a técnica psicanalítica.

O processo de análise (assim se denomina a psicanálise clínica) consiste em relatos que o analisado faz ao seu analista durante as sessões. O conteúdo desse relato é diverso: o analisando fala a respeito de seus sentimentos, acontecimentos de sua vida cotidiana, de seu passado, de seus sonhos. Quando o analisando fala ao analista, ele tem a oportunidade de ouvir a si próprio, de tomar consciência de várias de suas motivações e frustrações e de elaborar melhor seus sentimentos. E assim vai se percebendo, tomando consciência de si, livrando-se de comportamentos que lhe causam sofrimentos e se equilibrando. Ao psicanalista cabe conduzir esse processo, fazendo as interpretações e intervenções necessárias, apoiando-se sempre na teoria e técnica psicanalíticas.
(parte do texto indicado no site abaixo).

https://www.dino.com.br/releases/os-beneficios-da-psicanalise-para-o-equilibrio-emocional-dino89033970131

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Evitar os Fardos

A leveza seria o amor que se consegue deixando o ódio, peso morto, para trás. Alcançar essa condição parece, no entanto, uma verdadeira façanha psíquica. Quem conseguiria? Haveria um método para esquecer e, assim, poder, novamente, contra o peso do ressentimento, amar?


Da Revista Cult
O peso mais pesado – ódio e meios de produção do ressentimento
Por Marcia Tiburi
Nietzsche escreveu sobre sua famosa teoria do eterno retorno em um parágrafo de “A Gaia Ciência” intitulado “O peso mais pesado”. Trata-se, no caso dessa doutrina de caráter amplamente psicológico, do peso do ressentimento, daquilo que não se pode esquecer. Do afeto que, denso e pesaroso, de algum modo é preciso carregar por toda a vida.
Cada pessoa tem alguma dor, ou talvez várias dores que são, no sentido do que a psicanálise chama de trauma, constitutivas de sua condição subjetiva. Mas o modo como cada um experimenta o que podemos chamar de ferida pessoal – como a ferida que Ivan Illitch no conto de Tolstói experimenta em silêncio e solitariamente – depende de muitos fatores. Verdade que o sofrimento não pode ser mensurado, porém, quando narrado por alguém, percebemos que o sofrimento assume intensidades diversas.
A intensidade do sofrimento é constantemente expressa pelo seu “peso”. Assim no texto de Nietzsche. Por isso, a pergunta implicada na doutrina do eterno retorno de Nietzsche, tal como exposta naquele parágrafo, diz respeito ao motivo de se carregar o peso que se carrega. Em outras palavras, está em jogo, na questão de Nietzsche, o motivo pelo qual um sofrimento não pode ser superado, por que há certo sofrimento que parece pesar mais. Ora, um sofrimento indelével é sempre um sofrimento muito poderoso. Seu poder vem de seu peso. O mais pesado de todos os pesos é um peso maior, quem sabe o mais valioso, o mais poderoso. Ao mesmo tempo, sendo “peso”, incomoda. por isso, é difícil carregá-lo. O que fazemos, então, com aquilo que nos pesa, já que ninguém deve querer, voluntariamente, carregar um peso? Justamente por isso, por ser difícil carregar o peso, é que cada um tende a jogá-lo em algum lugar. Podemos dizer que, no esforço de livrarmo-nos dele, tendemos a jogá-lo na direção de outro. Isso significa em termos “psicológicos”, projetá-lo na direção de outro.
Ao mesmo tempo, não é porque as coisas pesem que precisamos carregá-las, mas porque as carregamos é que elas nos pesam. Ora, o que pesa é o que não pode ser solto, o que não pode ser deixado para trás. Isso fica melhor compreendido quando Nietzsche em “Assim Falou Zaratustra” usa um morto como metáfora do peso que se carrega. O ressentimento, nesse caso, pode ser o sentir ininterrupto da dor que um dia se sentiu, é como o morto que Zaratustra tem às costas. Ele desapareceria se tivéssemos a capacidade de esquecer o que foi negativamente sentido e, a partir de então, aprendêssemos a aceitar o que nos aconteceu, o que sentimos, a não negar, portanto, o que sentimos. Isso seria o que Nietzsche chamou de “Amor Fati”, o “amor ao destino”. Amor, de algum modo, ao que se é, ao que se tem, ao que nos acontece. Esquecer, diante do ressentimento, seria uma espécie de virtude própria de quem vive o amor ao destino. Seria, no caso do confronto com o que se viveu em termos de peso, um ato de incentivo à leveza que se alcançaria com o amor. A leveza, contrária ao peso, seria, neste caso, uma força. Seria como deixar ir, como deixar passar.
A leveza seria o amor que se consegue deixando o ódio, peso morto, para trás. Alcançar essa condição parece, no entanto, uma verdadeira façanha psíquica. Quem conseguiria? Haveria um método para esquecer e, assim, poder, novamente, contra o peso do ressentimento, amar?

Amar o destino seria, antes de mais nada, um ato de desapego. Seria o ato de aceitação do peso das coisas, não de sua negação abstrata. Essa aceitação permitiria deixar as coisas no meio do caminho, abandoná-las a si mesmas e, por meio desse abandono (totalmente dialético), devolvê-las a si mesmas. À história, ao tempo, ao espaço. Neste caso, experimentaríamos o sofrimento, a dor, os afetos do amor – e também do ódio -, mas no momento em que se apresentariam como parte da vida e não como peso morto. Isso quer dizer que a doutrina do “Amor Fati” seria a doutrina da aceitação dos afetos. Quando seria evidente que não sentir é impossível, mas re-sentir pode ser melhor elaborado na direção de um afeto futuro, não ressentido. De um afeto aberto ao futuro.
O amor é esse afeto aberto ao futuro. O ódio é o afeto fechado para o futuro.
O “amor ao destino” implicaria abandonar o peso morto do ressentimento no meio do caminho. Seria, portanto, um ato que relativizaria o peso. Deixar o peso do passado ao passado seria como devolver-lhe, generosamente ao seu lugar, renovando, assim, o lugar do futuro.
Nietzsche usou o peso como uma metáfora negativa aplicada à afetividade. Mas como os óculos dialéticos melhoram nossa visão, devemos ver que peso e leveza são medidas de valor. Do mesmo modo como podemos dizer “peso pesado” ou “peso leve” para a força do lutador, do desportista profissional, o peso é sempre uma medida que implica o “maior” ou “menor”. Implica um valor maior ou menor e um peso – ou um preço – a ser pago quando se trata de alguma balança.
Em uma sociedade em que miséria e riqueza se confundem no mercado e na igreja, o poder do miserável está no sofrimento acumulado. O poder do opressor na produção desse peso. O mesmo que não permite que se mude o rumo da história. Sabemos que o maior ressentido é o dono do maior sofrimento, um sofrimento que ele pensa ser maior do que o dos outros quando visto de seu próprio ponto de vista. É o ressentimento que se expressa no discurso da vítima. Mas é também, e muito mais, o ressentimento que culpabiliza o outro por ser vítima. O ressentimento de quem é incapaz de ver o sentimento alheio, de fantasiar, pelo menos, o outro, de suspeitar de sua dor.
Maior ainda é o ressentido que administra o ressentimento alheio. O ressentimento do dono dos meios de produção do ressentimento. Os meios de comunicação, as igrejas, as empresas, os Estados, os regimes políticos e econômicos criam esse ressentimento criando o eterno retorno da dor.
Cada um, neste contexto, se torna, a seu modo, o mais poderoso dentre os miseráveis.
O ressentimento esconde o ódio e é a origem do fascismo que “pesa” sobre nossa cultura atual. No gesto de todo fascista – seja o homofóbico, o machista, o racista, o que defende a desigualdade de classes, ou a “natureza” superior de uns contra outros, no capitalista que diz que as coisas não podem ser diferentes – está o ressentimento, sinônimo de ódio, marca da impossibilidade de ir além de si mesmo, de produzir um mundo melhor para todos.
O ódio é fechado e triste, o mais pesado de todos os pesos. Ele é a base do fascismo.
O ressentimento é seu nome complexo. O seu contrário implica a amorosa e esbanjadora festa da liberdade na contramão do espírito de morte que é o espírito avarento do sistema econômico chamado capitalismo.
Que o ódio esteja chamando a atenção entre nós, gerando o cenário antipolítico que conhecemos, é um sinal de que podemos superá-lo. É sinal de que ainda existe amor como afeto amplamente político, como potência contra o ressentimento, contra o ódio requentado a cada dia, com seu miasma sempre pronto a sufocar qualquer um que esteja vivo.
A democracia é a luta amorosa contra esse fogo fraco e impotente que ameaça incendiar o mundo.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Quando procurar um psicanalista?

"Quando alguém questiona seu sintoma e deseja confrontar-se com a verdade, trocando seu sofrimento pelo saber do seu desejo, a psicanálise é o caminho" É desse assunto que o texto abaixo, esclarece.





Uma psicanálise é uma situação de escuta, que denominamos inconsciente, quando a fala de um repercute naquele que fala e no que ouve, numa relação entre dois, intermediada pela palavra em sua dimensão simbólica. Nesse contexto se rememora algo que não é lembrado de outra maneira. (Medeiros, Paulo. 2002)
Alguém procura uma psicanálise quando está vivendo uma situação dolorosa de conflitos, de medos, ou qualquer sintoma que o incomoda, sente que tem algo que não anda, tem dúvidas e não encontra saídas diante disso.
Sigmund Freud, criador da psicanálise, ao escrever Die Traudeutung, traduzido para o português como A Interpretação de Sonhos, criou a teoria do processo de leitura do texto inconsciente inscrito no sujeito. Mostrou o sonho como um dos principais caminhos nos quais se expressa o inconsciente. Mas o inconsciente se manifesta também em outras formações, como os lapsos, os atos falhos, os chistes, etc., devendo o psicanalista estar atento a todas elas na sua escuta para ajudar o analisante, aquele que busca a análise, a encontrar as verdades que estas formações revelam.
Na psicanálise o analisante ordena sua fala ao descrever sua relação com um não-saber sobre seu desejo, camuflado desde para si próprio. É o analisante quem fala. Há um dizer que advém de um Outro lugar, inconsciente, demandando a intermediação de um semelhante, um outro, o psicanalista, pois impossível auto-análise. Por isso um psicanalista é procurado como sendo alguém suposto sabedor daquilo ainda a ser dito pelo sujeito, como se este saber estivesse em outro lugar, em outro mundo. Demanda-se dele um saber a decifrar o desejo oculto carregado pelo sujeito. Consequentemente, tem sido a Psicanálise denominada de ciência do desejo, sendo, no entanto, sua ciência aliar-se à arte de indicar ser o desejo do sujeito proveniente desse Outro enquanto lugar de inscrições enigmáticas a serem decifradas na fala, como um texto a ser lido num outro sistema linguageiro (Medeiros, Paulo, 2002).
Esse desejo, digamos, primevo, instalado a partir de uma falta estruturante do sujeito, passou por um recalque original. Trata-se de um desejo interditado, e é essa interdição que faz o sujeito não saber sobre ele. Contudo, mesmo sendo um desejo recalcado, inconsciente, pode haver um retorno do recalcado. Ele aparece camuflado, na falha do recalque, donde se origina o sintoma para a psicanálise. Somos sujeitos falhados, tal qual o rei Édipo da tragédia grega de Sófocles. Freud usou desse mito para ilustrar o nosso não-saber do desejo, pois a essência desse mito para a psicanálise é o não-saber. O sintoma pode se tornar doloroso, insuportável. Nessa situação, principalmente, que o analisante procura alguém que saiba, um Sujeito a que se supõe Saber responder ao enigma do seu sintoma, do seu sofrimento.
Quando alguém questiona seu sintoma e deseja confrontar-se com a verdade, trocando seu sofrimento pelo saber do seu desejo, a psicanálise é o caminho.
Cada pessoa tem seu tempo próprio nesse percurso. Se o analista tiver pressa para “curar” o analisante, num furor curandis como dizia Freud, vai produzir um saber no mesmo sem chegar à sua verdade, deslocando o sintoma. O processo da psicanálise é contínuo, e seu tempo vai depender do subjetivo de quem se dispõe a se analisar.
No campo do psiquismo não falamos em diagnóstico, conseqüentemente, também não falamos em cura no sentido médico. Lacan fala em tratamento, palavra que vem do latim e quer dizer lidar, administrar. Ao longo da história da psicanálise Freud afastou-se do modelo médico, pôs-se a guiar o tratamento pela escuta do inconsciente e a deixar sua pressa em concluir a análise que conduzia.
É interessante observar que a psicanálise não trabalha com uma definição médica de normalidade. Para isso ela trabalharia com padrões, modelos de comportamento. Não. A psicanálise trabalha com a singularidade de cada um, respeitando o seu desejo, não sendo seu objetivo “ajustá-lo” a um modelo de comportamento. Se do outro modo fosse, seria uma terapia corretiva, como se houvesse um modo bom para aquele sujeito agir, e o analista soubesse qual é o bem para o analisante, fazendo-lhe aconselhamentos. Ora, o que é o bem de alguém? O que é bem para mim pode não ser bem para outro. Podemos querer bem uma pessoa, mas será que sabemos qual é o bem para ela? Por querer o bem do outro, muita mal já se produziu. Nesse sentido, a psicanálise não classifica o sujeito nem tenta adaptá-lo à sociedade segundo um modelo, não faz aconselhamentos. Por isso a ética da psicanálise é a ética do desejo. O desejo do analista é o desejo de que, com a fala do analisante, advenha ali o saber sobre seu desejo, sempre singular, não censurado. Aí a importância do analista ter realizado e concluído sua análise pessoal,condição fundamental na sua formação, sem a qual ele se imiscuiria na relação imaginária com o analisante, confundindo sua escuta.
Por outro lado, vivemos numa sociedade em que, cada dia mais, a indústria farmacêutica coloca no mercado medicamentos que prometem eliminar os sintomas mais dolorosos do sofrimento psíquico, a unificar comportamentos. Porém, os medicamentos não dão significação aos sintomas. Não se vai à origem da dor psíquica. Qual sentido ela tem? O que não quer dizer que alguém não precise nunca recorrer a eles. Quero dizer que tristezas, lutos, desilusões não são doenças que precisam ser tratadas pela bioquímica. Fazem parte da condição humana, da qual não podemos ser curados, a não ser nos despojando do que nos é próprio. Não podemos ser curados da nossa condição humana, mas podemos aprender a lidar com isso. E quando estiver difícil conviver com a dor resultante de conflitos interiores, a procura por uma análise é indicada, justamente para ordenar o dizer sobre essa e outras dores que estão camufladas, porque articuladas com o desejo.
Jacques Lacan especifica bem a psicanálise, diferenciando-a da terapia. A terapia pretende um retorno a um suposto estado de bem estar. A cultura, condição que nos diferenciou daqueles que vivem no estado da natureza, produziu o mal estar na civilização, que é sua própria condição de existir, advinda da lei da proibição do incesto, o que, conseqüentemente, nos permitiu a linguagem, permitiu sermos humanos. Entretanto, se análise não é terapia, e não é, pois não se pode curar a própria condição da cultura, a de estarmos submetidos a tal lei, sabemos, com Lacan, que uma análise pode ter valor terapêutico. Dizemos que se pode sair da análise sem o sofrimento com o qual a pessoa se queixava inicialmente, ao custo de uma mudança, saímos outros, diferentes.

Texto retirado da declaração da psicanalista,
Teodora de Barros é psicanalista, foi Analista Membro de Escola do Traço Freudiano Veredas Lacanianas Escola de Psicanálise, em Recife, PE, onde fez sua principal formação. Clinicou em Recife por 15 anos, e atualmente fixou residência em Rondonópolis, MT, onde atende à Av. Joaquim de Oliveira, 1769, fone 66-84403020. Coordena também grupo de estudos de Freud.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Psicanálise e pesquisa social de hermenêutica profunda



 Um bom estudos para todos!

O ponto de partida do artigo é a crítica de Theodor W. Adorno à psicanálise. Nem Freud teria reconhecido bem as complexas mediações entre indivíduo e sociedade, referenciando-se de maneira unilateral demais ao indivíduo, em suas análises de crítica cultural. O campo central de investigação da psicanálise é o inconsciente, conceito que a psicologia e as ciências sociais sempre voltam a discutir, e de modo controverso. Será que existe mesmo um fenômeno como o inconsciente? Será que ele se deixa, afinal, apreender conceitualmente? Quando, como Freud, se consegue conceber como pesquisa científica as muitas milhares de psicanálises já realizadas e que se realizam como terapias individuais, aí o fenômeno do inconsciente existe, para além de qualquer conceituação positivista que o descarte. Adorno, entretanto, acrescenta com razão que, em contraposição à opinião pedagógica dominante da psicanálise, não se trata apenas de um fenômeno individual, e sim, ao mesmo tempo, um fenômeno social geral. Essa concepção crítica do inconsciente foi retomada particularmente em termos metodológicos pelo psicanalista frankfurtiano Alfred Lorenzer. No campo social não clínico, ele desenvolveu a psicanálise da hermenêutica em profundidade como método de investigação para as ciências sociais e culturais. Neste artigo, apresenta-se a hermenêutica em profundidade em sua relação com a psicanálise. A última seção oferece um exemplo de interpretação hermenêutica em profundidade de processos sociais. A interpretação busca apreender o problema da violência e da solidariedade em gangues juvenis. Trata-se de compreender formas definidas de interação cujas fontes, embora se encontrem na primeira infância, não deixam, simultaneamente, de determinar de modo bem concreto as ações do presente.

O texto por inteiro no site, abaixo!

http://www.revista.ufpe.br/revsocio/index.php/revista/article/view/438

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

O Tempo

O tempo!

 A importância das coisas pode ser medida pelo tempo que estamos dispostos a investir nelas. Quanto maior o tempo dedicado a alguma coisa, mais você demonstra a importância do valor que ela tem para você. Se quiser conhecer as prioridades de uma pessoa, observe como utiliza o tempo.
O tempo é sua dádiva mais importante, pois você recebeu uma medida fixa dele. Você pode aumentar seu dinheiro, mas não pode aumentar seu tempo. Quando você dedica tempo a alguém estar dedicando uma porção de sua vida que jamais irá recuperar. Seu tempo é sua vida, por isso o maior presente que você pode dar a alguém e o seu tempo.

Livro, abaixo, indicado para quem gosta de uma boa leitura. #psicanalistarita

terça-feira, 29 de setembro de 2015

domingo, 27 de setembro de 2015

A PSICANALISE E A ARTE

Deixarei uma indicação para todos os psicanalistas, psicopedagogos, educadores, pais e todos aqueles interessados pelo assunto. A leitura do Livro de Adriano Sales!

Psicanalise e Arte!

No livro O MAL ESTAR DA CIVILIZAÇÃO, Freud, diz que a melhor forma de conter as pulsões é pelo recalque. E dentro desse recalque a sublimação é a finitude dele.
...
A primeira forma de sublimar é através do trabalho intelectual ou o amor, mas esses podem ir embora deixando a desilusão, e logo o que foi reprimido explodirá, novamente.
A segunda forma é através da Religião, essa segundo Freud conterá, sim, o que foi reprimido, para isso é preciso que a pessoa siga todos os dogmas existentes, sempre.
A terceira forma e a melhor, segundo o pai da psicanalise, é através das artes, essa, sim, fará uma completa sublimação do objeto perdido.
A arte te faz aproveitar e descobrir o belo e te leva a plena satisfação. Dessa forma: Ler um livro, ouvir uma música, assistir um filme ou uma peça teatral, ir a exposições artísticas é tão confortante e acalentador para nossa psique!
Nesse intuito deixo o libro EU- POESIAS EM VIAS, para que seja apreciado pelo olhar da sublimação.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

UM BOI SOBRE OS OMBROS

Um texto cheio de esperança para todos que envelheceram e todos que se preparam para isso.
#ritacastro
#psicanalista




"A velhice não me exauriu nem me abateu completamente, por essa razão, jamais recusei uma conversa a alguém".
E continua o texto. O essencial é usar suas forças com parcimônia e adaptar seus esforços a seus próprios meios. Usemos tal vantagem quando a tivermos e não a lamentemos quando ela desaparecer. Acaso os adolescentes deveriam lamentar a infância e depois, tendo amadurecido, chorar a adolescência? A vida segue um curso muito preciso e a natureza dota cada idade de qualidades próprias. Por isso a fraqueza das crianças, o ímpeto dos jovens, a seriedade dos adultos, a maturidade da velhice  são coisas naturais que devemos apreciar cada uma em seu tempo.

Texto retirado do livro,
CICERO. Saber Envelhecer e A Amizade. p. 30 Ed. L&PM. Porto Alegre. 2013

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Sintoma e transferência!


Sintoma e transferência!
 
 

 

Entender o sintoma e analisa-lo tem o sentido de valor de verdade. É nisso que o que passou à consciência comum é mais preciso, infelizmente, que não é a ideia que muitos psicanalistas vêm a ter disso. Digamos que muito poucos deles sabem a equivalência entre sintoma e valor de verdade.

 Isso no sentido da palavra "sintoma" foi descoberto, denunciado, antes que a psicanálise entrasse em jogo. Para traduzir o sintoma num valor de verdade, devemos pôr o dedo, aqui, no que supõe de saber no analista o fato de que é preciso que seja a partir do que sabe que ele interpreta.

Para abrir um parêntese aqui, assinalo que esse saber, no analista, se assim posso me expressar, é pressuposto. Foi isso que acentuei do sujeito suposto saber como fundador dos fenômenos da transferência. Sempre sublinhei que isso não acarreta nenhuma certeza, no sujeito analisando, de que seu analista saiba muita coisa, bem longe disso.

Mas é algo perfeitamente compatível com o fato de o saber do analista ser visto pelo analisando como muito duvidoso, o que frequentemente ocorre, aliás, por motivos bastante objetivos. Os analistas, em suma, nem sempre sabem tanto quanto deveriam, pela simples razão de que, muitas vezes, não se incomodam muito com isso. O que não altera absolutamente nada no fato de que o saber é pressuposto na função do analista, e de que é nisso que repousam os fenômenos de transferência.

 

Texto retirado do livro, Estou falando com as paredes Conversas na Capela de Sainte-Anne.

 

 

LACAN, Jacques. Estou falando com as paredes Conversas na Capela de Sainte-Anne

Tradução: Vera Ribeiro -Revisão técnica: Romildo do Rêgo Barros. Rio de Janeiro,

ZAHAR. 2011.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Mundanças de Habitos.


 
Psicanalista,
Rita Castro
 




A depressão, hoje, é o mal do século, afirmam os estudiosos da área. O que será que levou a uma população a impulsionar a doença? Bem, é necessário, aqui, que seja traçada uma linha Histórica da vida desse homem e o que ele mudou em seus hábitos.

É interessante frisar um modelo anterior do grupo citadino. E trazermos para esse texto um modelo de vida interiorana há duas décadas atrás.

As pessoas que moravam na área rural necessitavam andar, para plantar seus alimentos e por estarem expostos ao sol, também, recebiam desse sol várias vitaminas, entre essas, a vitamina D.

Andavam, para pegar agua de beber. Andavam, mais, ainda para pegar lenha para cozinhar seus alimentos. E andavam, também, para falar com seus vizinhos, já que as casas eram muito distantes umas das outras. E andavam, mais um pouco, para irem as festas, já que carros por lá eram escassos e ficavam para um processo muito distante, como exemplo levar alguém ao médico.

Naquele momento não se ouvia falar em depressão e sim, raro, em alguns casos de doenças dos nervos, que se apresentava como congênita.

Com a mudança do homem do campo para a cidade e toda a facilidade tecnológica encontrada por muitos, nesse novo espaço. O homem passou a ficar cada vez mais trancafiado em seu “mundinho” confortável.

Não necessita, mais, mexer-se o quanto antes, para que muitas coisas acontecerem: plantar, colher, pegar agua, e nem tão pouco lenha, já que para tudo isso, basta fazer uma ligação telefônica.

Não andamos mais por longas distâncias, porque temos a facilidade de irmos de: carro, ônibus, motos e tantos outros meios de transportes.

Não falamos, muito, com vizinhos a amigos porque estamos ocupados demais para isso. Não interagirmos com a natureza, já que nossos espaços foram tomados por concretos armados.

Bem, se todos os especialistas são unanimes em dizer que para curar ou amenizar a depressão necessitamos acrescentar a SEROTONINA em nosso corpo e nos indicam que precisamos ANDAR como uma forma de adquiri-la.

Eis, aí, uma boa indicação que devemos adotar como forma de cuidado para manter nosso “tanque” cheio da tal serotonina. Caminhar, sempre, passa a ser um medicamento natural. É importante, também que essa caminhada seja em contato com a natureza.

A natureza responde te dando o AR fresco que acalenta a alma, o SOL que aumenta sua reserva de vitamina D, necessária para fortalecimento do sistema ósseo do nosso corpo.

A natureza que desprezamos, correndo atrás de outras coisas, pode beneficiar a todos que desenvolveram a depressão, com antídotos para acabar ou ameniza-la.

Fica a reflexão!

Se o homem tem a necessidade de andar, porque nos trancafiamos entre paredes que sugam as energias do nosso corpo? O concreto retira a pouca energia que recolhemos da natureza em algum momento do dia.



Acréscimo de leitura!

https://www.saiadoescuro.pt/causas/5.htm

 

 
 

 

 

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

domingo, 13 de setembro de 2015

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A PSICANALISE E A MODERNIDADE

O que é o discurso da psicanálise hoje? E como podemos pensar a sua relação com o pensamento moderno?
Deixo, aqui, um texto sobre o tema! Atualização importante para os psicanalistas.
#psicanalista #psicanalise

 Nas experiências da vida, da linguagem e do trabalho, o homem ver-se-ia diante de seu limite, ou seja, a morte, de modo que a modernidade seria definitivamente determinada a  pensar  o impensado e a ser a finitude.
Nesse ponto, a contribuição da psicanálise, segundo Foucault, torna-se bastante importante, uma vez que surgindo como que deliberadamente para pensar o inconsciente ela faz do impensado e da finitude suas categorias centrais, instrumentos de investigação e de intervenção no pensamento.
Link, abaixo!

http://www.academia.edu/6296600/O_discurso_psicanal%C3%ADtico_e_a_modernidade_Foucault_leitor_de_Freud

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A PESSOA IDOSA NA ERA DIGITAL

Com o processo do envelhecimento, cada vez maior, em nossa população é interessante saber sobre direitos, deveres, cuidados terapêuticos e divertimentos para esse grupo! Que tal uma leitura sobre o assunto ou quem sabe participar de rodadas de conversas.

A Unicap sedia na próxima terça-feira (11/08) mais uma edição do Fórum sobre questões do Envelhecimento, evento que tem parceria com o Sindsep-PE. Com o tema 'O poder Político da Pessoa Idosa', as palestras vão acontecer no auditório G1, no bloco G da Católica, das 14h30 às 17h. O evento acontece desde março, uma vez ao mês.

Até novembro serão realizados outras três encontros. No dia 15 de setembro, o tema será 'A pessoa idosa na era digital'. Já no dia 13 de outubro, o Fórum irá debater as 'Experiência e saberes da pessoa idosa'. Encerrando a programação de 2015, no dia 10 de novembro o tema é 'A espiritualidade na vida da pessoa idosa'.


Site sobre maiores informações, abaixo!

http://www.sindsep-pe.com.br/noticias-detalhe/f-rum-do-envelhecimento-debate-poder-pol-tico-do-idoso/5407#.VfDBDMtREcA

ANSIEDADE


 

 

A ansiedade se dar quando algo interno indica para a pessoa ansiosa que se prepare para os acontecimentos que virão. Muitos desses acontecimentos criado por cenas vividas na infância ou com nossos antepassados e que permanentemente são reconstruídas e retransmitida por um inconsciente protetor que coloca o indivíduo sempre em alerta.

A ansiedade é um estado emocional, um sentimento inerente ao ser humano. Todos sentimos em situações como, por exemplo, a expectativa de algo que possa vir a dar errado. Algo muito semelhante pode ser dito em relação ao sentir medo. Nada mais do que sentir medo frente ao perigo ou ansiedade frente a incertezas, essas emoções são importantes para o ser humano que, dessa forma, se prepara para lidar melhor com essas condições. Entretanto em alguns casos, reações de medo e ansiedade podem ocorrer de forma tão intensa e constante que causam um sofrimento enorme ao acometido e/ou um prejuízo em sua capacidade de lidar com seu, estudo, família etc. Nesses casos a intervenção de profissionais de saúde podem ajudar essas pessoas. Psiquiatras, psicólogos e Psicanalistas.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Profissão Psicanalista

Sempre é bom saber um pouco mais sobre nossa profissão.

Informação retirada do blog: http://estudossobrepsicanalise.blogspot.com.br/2015/07/profissao-psicanalista.html


Psicanálise-Aspectos Legais
1)Reconhecimento da profissão:
Todos os Psicanalistas têm sua profissão classificada na CBO (Classificação Brasileira de Ocupações) no Ministério do Trabalho - Portaria nº 397/TEM de 09/10/2002, sob o nº 2515.50, podendo exercer sua profissão em todo o Território Nacional. O Psicanalista é um profissional que pratica a Psicanálise em consultórios, clínicas e até hospitais, empregando metodologia exclusiva ao bom exercício da profissão, quais sejam, as técnicas e meios eficazes da Psicanálise no tratamento das psiconeuroses.
2)Certificação profissional:
No final do Curso de Formação a entidade emitirá o Certificado com o grau de FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE. Os cursos a distância da Faculdade Nacional de Ensino Holístico  são amparados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n° 9394/96), pelo Decreto Federal n° 2.494/98 e Decreto n° 2.208, de 17/04/97.
 3)Público Alvo:
Pessoas que atuam na área de ciências humanas (medicina, psicologia, psiquiatria, enfermagem, filosofia, direito, teologia, educação, pedagogia, letras, etc.) e áreas afins; capelães, conferencistas, líderes; profissionais interessados no trabalho clínico em Psicanálise: psicólogos e psiquiatras, médicos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, terapeutas holísticos, parapsicólogos, enfermeiros que trabalham nos diversos serviços de Saúde: hospitais, núcleos de atenção psicossocial, centros de saúde, projetos judiciários, empresas, escolas, serviços de urgência e outros.Qualquer pessoa que possuir um curso superior poderá fazer o curso de Psicanálise e ser um Psicanalista. Entende-se por curso superior: bacharelado, licenciatura, sequencial, tecnólogo.
4)Áreas de Atuação:
Segundo o CB0 nº 2525-50 do Ministério do Trabalho e Emprego, no final do Curso de Formação em Psicanálise você estará preparado para atuar nas seguintes áreas: 
1 - AVALIAR COMPORTAMENTOS INDIVIDUAL, GRUPAL E INSTITUCIONAL: Triar casos, entrevistar pessoas, levantar dados pertinentes, observar pessoas e situações, escutar pessoas ativamente. Investigar pessoas, situações e problemas, escolher o instrumento de avaliação, aplicar instrumento de avaliação, sistematizar informações, elaborar diagnósticos, elaborar pareceres, laudos e perícias, responder a quesitos técnicos judiciais, devolver resultados (devolutiva).
2 - ANALISAR, TRATAR INDIVÍDUOS, GRUPOS E INSTITUIÇÕES: Propiciar espaço para acolhimento de vivencias emocionais (setting), oferecer suporte emocional, tornar consciente e inconsciente, propiciar a criação de vínculos paciente-terapeuta, interpretar conflitos e questões, elucidar conflitos e questões, promover a integração psíquica, promover o desenvolvimento das relações interpessoais, promover desenvolvimento da percepção interna, mediar grupos, família e instituições para solução de conflitos, dar aula.
3 - ORIENTAR INDIVÍDUOS, GRUPOS E INSTITUIÇÕES: Propor alternativas para solução de problemas, informar sobre o desenvolvimento do psiquismo humano, aconselhar pessoas, grupos e famílias, orientar grupos profissionais, orientar grupos específicos (pais, adolescentes, etc., assessorar instituições.
4 - ACOMPANHAR INDIVÍDUOS  GRUPOS E INSTITUIÇÕES: Acompanhar impactos em intervenções, acompanhar o desenvolvimento e a evolução do caso, acompanhar o desenvolvimento de profissionais sem formação e especialização, acompanhar resultados de projetos, participar de audiências.
5 - EDUCAR INDIVÍDUOS  GRUPOS E INSTITUIÇÕES: Estudar caso em grupo, apresentarem estudos de caso, ministrar aulas, supervisionar profissionais da área e de áreas afins, realizar trabalhar para desenvolvimento de competência e habilidades profissionais, formar psicanalistas, desenvolver cursos para grupos específicos, confeccionar manual educativo, desenvolver curso para profissionais de outras áreas, propiciar recursos para o desenvolvimento de aspectos cognitivos, acompanhar resultados de curas, treinamento.
6 - DESENOLVER PESQUISAS EXPERIMENTAIS, TEÓRICOS E CLÍNICAS: Investigar o psiquismo humano, investigar o comportamento individual, e grupal e institucional, definir o problema e objetivos, pesquisar bibliografias, definir metodologia de ação, estabelecer parâmetros de pesquisa, construir instrumentos de pesquisa, coletar dados, organizar dados, compilar dados, fazer leitura de dados, integrar produtos de estudos de caso.
7 - COORDENAR EQUIPES DE ATIVIDADES DE ÁREAS AFINS: Planejar as atividades da equipe, programar atividades gerais, programar atividades da equipe, distribuir tarefas a equipe, trabalhar a dinâmica da equipa, monitorar atividades das equipes, preparar reuniões, coordenar reuniões, coordenar grupos de estudos, organizar eventos, avaliar propostas e projetos,avaliar e executar as ações.
8 - PARTICIPAR DE ATIVIDADES PARA CONSENSO E DIVULGAÇÃO PROFISSIONAL: Participar de palestras, debates, entrevistas, seminários, simpósios, participar de reuniões científicas (Congressos, etc.), publicar artigos, ensaios de livros científicos, participar de comissões técnicas, participar de conselhos municipais, estaduais e federais, participar de entidades de classe, participar de evento junto aos meios de comunicação, divulgar práticas do psicanalista, fornecer subsídios às estratégias organizacionais, fornecer subsídios à formação de políticas organizacionais, buscar parcerias, ética e organizacional.
9 - REALIZAR TAREFAS ADMINISTRATIVAS: Redigir pareceres, redigir relatórios, agendar atendimentos, receber pessoas, organizar prontuários, criar cadastros, redigir ofícios, memorandos e despachos, compor reuniões administrativas técnicas, fazer levantamento estatístico, comprar material técnico, prestar contas.
10 - DEMONSTRAR COMPETÊNCIAS PESSOAIS: Manter sigilo, cultivar a ética,demonstrar ciência sobre o código de ética profissional, demonstrar ciência sobre a legislação pertinente, demonstrar bom senso, respeitar os limites de atuação, ser psico-analisado, ser psicoterapeutizado, demonstrar continência (Acolhedor), demonstrar interesse pela pessoa, ser humano, ouvir ativamente (saber ouvir), manter-se atualizado, contornar situações adversas, respeitar valores e crenças dos clientes, demonstrar capacidade de observação, demonstrar habilidade de questionar, amar a verdade, demonstrar autonomia de pensamento, demonstrar espírito crítico, respeitar os limites do cliente e tomar decisões em situações de pressão.
5) O que o Psicanalista Não é?
O Psicanalista não é Psicólogo ou médico. Não tem formação em psiquiatria.
6) O que o psicanalista não pode fazer?
Não compete ao psicanalista, receitar medicamentos, diagnosticar doenças, tratar doenças ou fazer encaminhamentos pertinentes à área médica ou psicológica, a não ser nos casos onde o psicanalista seja médico ou psicólogo.
7) Então o que compete ao psicanalista?
Como você já viu na lista acima de acordo com o CBO, compete ao psicanalista ajudar o consulente a encontrar um caminho, uma paz interior. Trabalha com os sentimentos e emoções, ouve, ampara emocionalmente e busca no mais profundo de seu inconsciente as causas e respostas para uma melhora substancial. Portanto o psicanalista não trata da depressão mas da tristeza profunda, não cuida das fobias mas dos medos que são sentimentos que abalam os consulentes. O trabalho do psicanalista é trazer do plano inconsciente lembranças, sonhos, símbolos, para que através de técnicas como: livre associação de ideias, livre associação de palavras, interpretação dos sonhos, interpretação dos desenhos(símbolos); o consulente possa melhorar , vencendo seus traumas, complexos, medos, bloqueios, com a ajuda deste profissional tão importante.
8) Quais técnicas são recomendadas para a prática psicanalítica?
As melhores técnicas para o bom desempenho psicanalítico são: regressão de memória, hipnose, terapia floral, aconselhamento, reprogramação mental, programação neurolinguística, insights, estudo e interpretações dos sonhos, associação livre de idéias, livre associação de palavras, interpretação dos símbolos e terapias holísticas. 
9) Como deve ser a postura ética do Psicanalista?
O Psicanalista deve ter seu trabalho pautado na ética profissional. Não deve atrasar o fim da terapia com o intuito de ganhar mais dinheiro. Não deve usar a técnica terapêutica com o intuito de obter benefícios pessoais. Jamais deve utilizar de seu poder de terapeuta para obter favores do consulente. O Psicanalista deve lembrar que existe a lei do retorno, por isso, não faça nada a alguém que possa causar a ela algum tipo de constrangimento, dor, sofrimento, traumas, complexos, perdas financeiras e pessoais. Pois tudo o que fazemos receberemos em dobro. A lei da causa e efeito é implacável, e não estamos imunes a ela.
10) Em resumo como funciona a formação em Psicanálise?
Desde a época de Freud a psicanálise não é um curso de graduação. É um curso de formação profissional, na categoria de cursos livres. Todos os profissionais com cursos superiores de qualquer área podem se formar em Psicanálise de acordo com a CBO nº 2525-50 do Ministério do Trabalho e Emprego. Portanto não é um curso superior, mas sim um curso de capacitação profissional. Desta forma todos os cursos de Psicanálise no Brasil são cursos livres. Porém, são aceitos como capacitação e formação profissional na área de Psicanálise.
11)Sigmund Freud criou a Psicanálise livre para todas as profissões?
Em 1925 a Psicanálise chega aos tribunais por causa de um processo contra o psicanalista Theodor Reik, membro da Sociedade Psicanalítica de Viena, acusado de "exercício abusivo da profissão médica" e de "charlatanismo". Freud intervém na questão junto a um juiz para explicar que um psicanalista não tem necessariamente que ser médico.O mal-entendido sobre a prática analítica (considerada como atividade médica) torna-se uma questão jurídica. Um grande debate a respeito do assunto surge entre os psicanalistas com um tom que nem sempre agrada a Freud. Temendo sobre o destino da psicanálise ele escreve a Paul Federn:  "Não peço que os membros adotem meus pontos de vista, mas vou sustentá-los em particular, em público e nos tribunais”, e acrescenta: "Mais dia, menos dia será necessário travar essa batalha pela análise leiga. Melhor agora que mais tarde. Enquanto viver, tentarei impedir que a psicanálise seja engolida pela medicina”. Portanto após este fato, Freud como seu criador, deixou bem claro que sua criação(psicanálise) era livre para todas e quaisquer profissões, não sendo desta forma uma técnica exclusiva de nenhum grupo profissional.
12) Por que o Curso é aberto às várias profissões? 
É aberto porque nenhuma Lei especificou o contrário. Vale dizer, que desde o princípio era uma profissão aberta a quem se interessasse e que atraiu não só médicos - como Jung e Adler - mas também advogados, filósofos, literatos, educadores e teólogos, sociólogos e pedagogos. Por isso restringir a Psicanálise a essa ou àquela profissão é absolutamente contrário à ciência, ilegal e inconstitucional, pois “todos são iguais perante a Lei”.
13) O que regulamenta a profissão de Psicanalista? 
No Brasil e no Mundo a psicanálise é exercida livremente e não é uma profissão regulamentada. Sendo assim, é uma profissão livre, reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (CBO - código 2515.50), amparada pelo Decreto nº 2.208 de 17/04/1997, que estabelece Diretrizes e Bases da Educação Nacional e pela Constituição Federal nos artigos 5º incisos II e XIII. Podendo pode ser exercida em todo o País.
14) A atividade de Psicanalista é exclusiva de médicos e psicólogos?
Não. A atividade psicanalítica é independente de cursos acadêmicos regulares, sendo, portanto seus profissionais formados por entidades ligadas à Psicanálise como: sociedades psicanalíticas, associações psicanalíticas, Institutos Terapêuticos e Faculdades em geral. Desta forma compreende-se que a psicanálise é uma atividade autônoma e independente, sendo praticada por diversas profissionais interessados nos conhecimentos deste método terapêutico.
15) Existe um Conselho(Federal) de Psicanálise?      
 Não. Pois os Conselhos são autarquias federais criadas por lei, com atribuições de supervisionar eticamente, disciplinar e julgar os atos inerentes e exclusivos das profissões liberais de formação acadêmica reconhecidas oficialmente no país; estando a atividade psicanalítica à parte desta conceituação. O que na verdade existe é o CBP-Conselho Brasileiro de Psicanálise” que é um órgão autônomo não governamental, não é autarquia e tem o intuito de ser o fiel repositório informativo e colaborativo(em nível de páginas de classificados) da prática Psicanalítica no tocante à utilidade pública. Sendo assim o Conselho Brasileiro de Psicanálise não é entidade regulamentadora muito menos fiscalizadora da profissão. Mas aconselhamos todos os Psicanalistas formados a entrarem em contato com esta instituição para terem seus nomes cadastrados no referido Conselho, pois é através dele que muitos consulentes e interessados averiguam a legitimidade do profissional. Até porque através do CBP você poderá requerer sua identidade de psicanalista do CBP. Também existe agora, a Ordem Nacional dos Psicanalistas, um grupo bastante sério, onde você poderá filiar-se e obter sua carteirinha de Psicanalista.
16) Quais os aspectos legais da profissão de psicanalista no Brasil?  
No Brasil, o exercício da psicanálise se dá de acordo com o artigo 5º, inciso II e XIII da Constituição Federal. Acrescenta-se ainda: o parecer do Conselho Federal de medicina, processo Consulta 4.048/97 de 11/02/1998, o parecer 309/88 da Coordenadoria de Identificação Profissional do ministério Público Federal e da procuradoria da República, do Distrito Federal e Aviso nº: 257/57 de 06/06/1957, do Ministério da Saúde, este último como marco histórico da psicanálise no Brasil. Os cursos de formação, Especialização ou Pós-graduação em psicanálise são Cursos Livres oferecidos por instituições Psicanalíticas. Não se enquadram como Graduação ou Pós-Graduação Lato Sensu. A formação em Psicanálise é de caráter Livre no Brasil, porém, é reconhecido e amparado pela Portaria 397 de 09/10/2002 do Ministério do trabalho e Emprego-CBO(Código Brasileiro de Ocupações) nº: 2515-50 e Aviso 257/57 do Ministério da Saúde; Decreto Federal 2208 de 17/04/97, Portaria 397 do Ministério do Trabalho.
 Dia do Psicanalista
LEI Nº 12.933, DE 23 DE ABRIL DE 2008
(Projeto de lei nº 700, de 2004 da Deputada Beth Sahão - PT)
Institui o “Dia do Psicanalista”
O PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA:
Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo, nos termos do artigo 28, § 4º, da Constituição do Estado, a seguinte lei:
Artigo 1º - Fica instituído o “Dia do Psicanalista”, a ser comemorado, anualmente, no dia 6 de maio.
Artigo 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 23 de abril de 2008.
a) WALDIR AGNELLO - 1ºVice-Presidente no exercício da Presidência
Publicada na Secretaria da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 23 de abril de 2008.



Artigo interessante:

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1519-94792002000100013&script=sci_arttext

RESUMO
A autora faz um relato e análise do movimento que propõe a regulamentação do exercício da Psicanálise como profissão, tomando a própria teoria como base crítica de sua reflexão.

A escuta!


quinta-feira, 13 de agosto de 2015

A descobreta da dor

Leitores(as) e amigos(as)! Em minhas leituras e pesquisas, me apropriei dessa reportagem da Mente e Cérebro e quero dividir com vocês!

Ela se impõe. Toma espaço psíquico, monopoliza atenções. O escritor francês Paul Valéry, morto há 70 anos, escreveu que a dor física nos coloca em oposição a nós mesmos. De certa forma sim, já que evoca a sensação de estranheza numa seara que há muito parecia familiar. Antes, porém, a sensação dolorosa nos lembra de algo que, não raro, permanece no limiar do esquecimento, a despeito da obviedade: temos um corpo. E nele, a dor cria uma geografia própria, destaca recantos, entranhas; faz emergir superfícies e contornos. Limita gestos, impele contorções, tremores e espasmos como se uma música surda levasse a expressões que não podem ser circunscritas pela elaboração psíquica e só encontram saída naquilo que  prima pela urgência, pelo reconhecimento e pede cuidado. É como se o Real repentinamente nos tocasse na mais densa de suas manifestações.

Link para continuação da leitura.

http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/colocando_a_dor_para_dormir.html

domingo, 9 de agosto de 2015

O silencio é o carrasco dos falantes.


 

Aos Pais !

A insuportável dor de um falante quando se sente obrigado a ficar calado, por minutos, dias, meses ou até anos. A fala é uma das técnicas utilizadas por nós, psicanalistas, para trazer a cura para muitos pacientes. Técnica teorizada pelo pai da psicanalise, Sigmund Freud.

A linguagem é essencial para a integridade do desenvolvimento emocional e cognitivo.

Segundo Fernandez,

Aprendemos a falar porque nossos pais NÃO, tentaram nos ensinar. Sua atenção não estava focada nesses resultados. Eles estavam apenas nos ninando, conversando, sussurrando....E, quando dissemos espontaneamente aquela “primeira palavra”, ou seja “papai”, fizemos isso brincando, dividindo em pequenos pedacinhos: “ma..” “ma”..”ma..mã” “mmm....”o  “ppp...”, “pa..pa”- e esperando que algum adulto compartilhasse conosco a alegria de nossa autoria. A alegria da criança de sentir falante.

 
O ser humano é em essência uma espécie altamente social que se educam mutuamente por meio da fala. Partindo desse pressuposto a solidão é uma prisão. A Solidão e um processo doloroso que leva a depressão e se não cuidada, a morte. 

Se algo não é dito e fica guardado, muitas vezes, ou quase sempre, leva ao adoecimento. Adoecimento que o indivíduo não mais tem controle de tal fato. A palavra guardada é uma palavra presa.
E nesse aprisionamento prende-se, também, todo o corpo que que se debate em angustias para fugir de uma cadeia que descambará em doenças. Uma das funções do cérebro e manter o organismo vivo. E quando existe qualquer ameaça a isso esse cérebro começa a reagir no intuito de que não aconteça o óbito desse organismo, corpo e mente.
Fontes de pesquisadas.
FERNANDEZ, Alicia. A Atenção Aprisionada. Porto alegre. Penso, 2012.