sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Pedra no Caminho



No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra (DRUMMOND).



Na psicanálise, o sintoma pode ser representado por essa pedra no caminho, de alguém “assujeitado” a sua pedra. Queixa da qual ele tanto padece. Retirar a pedra do caminho dele é um nó que o mesmo desconhece como fazer.
Para a pessoa que se sente  em sofrimento devido encontrar essa pedra em seu caminho. Ele ver na pessoa do psicanalista a solução para retirar a Pedra. E na visão do mesmo, esse profissional entra no lugar de ser o sujeito que irá fazer isso, já que o psicanalista passa a ser o Sujeito do Saber ou suposto saber, assim diz Lacan.
Do saber fazer, atitude esperada pelo paciente/cliente. Do Saber a fórmula e a causa da pedra em seu caminho.  A pedra no caminho é só um detalhe e que precisa ser retirada pelo próprio analizando/paciente/cliente.
Por muitas vezes, ele (a) não quer retira-lá, já que a mesma é a sua única linguagem com o Outro. Embora seja uma linguagem repetitiva e que traz a dor para o mesmo. Conhecer a causa é desconstruir aquilo que o alimenta, o Gozo. E muitas vezes não se quer perder esse lugar.
Na língua alemã o termo, acima, citado, exprime a ideia de prazer, desejo e vontade (ROUDINESCO, 1998).  O Gozo não é apenas sinônimo de prazer, ele, também, é sustentado por uma identificação de Repetição que foi empregada por Freud em sua teoria sobre, O principio do Prazer, mas também este ligado a ideia da pulsão de morte.


A pedra no caminho pode ser só o Gozo.

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